sexta-feira, 20 de março de 2009

Ao poeta com carinho...


Eu gostaria aqui de declarar minha intensa paixão, desenfreada paixão, alucinada paixão por um homem...
Seu nome é Francisco, é Francisco que virou Chico como tantos outros. No entando, esse Chico tem algo em especial, ele tem como principal trunfo sua inteligencia inquestionável, e sua sensibilidade de poeta.
Cara, eu viajo, deliro... chego a loucara ouvindo as coisas que ele escreve... e não só pelo que ele escreve, é que ele ainda tem o maravilhoso dom de misturar isso com melodia, ou seja, PERFEEEEITOOOOOO!!!!

Resumindo, como diz a famosa comunidade do orkut 'Eu daria pro Chico Buarque'!
HSUAHSUSAHSAUHSAUHSAUHSAUHSAUHSAUSAHSAUHSAUHASUHU

Bom, pra você terem uma idéia do gênio criativo desse homem, segue a letra de uma música que eu considero uma obra prima, onde no decorrer dos refrões ele usa as mesmas palavras pra contar uma história de forma narrativa, lúdica, e abstrata (não necessariamente nessa mesma ordem)

Construção

Chico Buarque

Composição: Chico Buarque

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague.


E claro, não podia deixá-los sem adimirar a capacidade de juntar a genialidade das palavras com a doçura da melodia.. vejam o vídeo no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=JnOAYO8aOrU

2 comentários:

Unknown disse...

1º q blog gay e 2º Aaaiii tb morro por Chico *.*

Unknown disse...

aaih tb adorei a imagem d Beatriz Milhazes ^^